Deixa ser o que for. Não brigue contra a ventania, não lute contra as montanhas. Pelo contrário, como as folhas, dance conforme o vento. Como o vento, rebole ao contornar um monte que lhe causa um tormento.

Quando a maré subir não permita também o sofrimento. Recue a esteira, o mar ocupa a areia mas não tapa o sol que ilumina o firmamento. Mas se o repuxo levar sua sandália preferida não se desespere, presenteie o oceano com este momento. E se a onda crescer, fure ela e seja o que Deus quiser.

Hoje aqui, não importa para onde você vá, viva agora, não desperdice deliciosos instantes com receio dos seus planos. Amargo é o mundo quando olhamos para longe de onde pisamos.

Não se entorpeça com o seu medo de não ser o que deseja, de não estar aonde gostaria, de tudo que não será. Você é apenas este momento.

Ache-se, siga em frente, permita que seu coração seja seu radar. Deixe para amanhã o que pertence ao amanhã. Você plantou, agora regue quando for para regar, mas viva quando for para viver. Enterneça sua alma desfrutando os momentos cotidianos. Seja grato pelos mais simples presentes da vida. Receba-os, abrace-os, entregue-se às pequenas dádivas do destino, tijolos do castelo da felicidade.

Despeça-se do que passou, a mala da vida cobra caro por pesos extras. As dores do passado não pertencem ao seu agora. E se cair, recomponha-se. Lembre-se da força que tem no seu interior. Costure suas feridas com sorrisos, desfaça os nós dos rancores, sinta os pés no chão e deixe a terra sugar todas as infelicidades, todos os sentimentos negativos. Deixe escorrer o passado que lhe embaraça e entristece. Use as vozes que insistem em dizer que você é incapaz de adubo para sua fé.

Perdoe seus pais. Eles lhe amaram do jeito que podiam, que eram capazes.

Perdoe o Universo por todas as ciladas do destino, pelo que lhe tirou sem explicar o porquê, pelo inalcançável, por tudo aquilo que você não é. Então, abrace a sua história, seu sagrado suor, suas transformações, suas maturações. Perdoe-se, deixe seus erros esvaírem-se, esqueça oportunidades desperdiçadas e se ache bonito, admire sua personalidade. Aceite-se, assim, do jeito que você é.

Se o mundo lhe esquecer, feche os olhos e veja o universo que existe dentro de você. Nem sempre você precisa de alguém para ficar em paz. Alise seus cabelos ou sonhe. Coma um chocolate ou tire um cochilo. Tome um banho de chuva ou cante no chuveiro. Aprecie um por do sol ou dance na frente do espelho. Assista a um filme, faça uma selfie e registre seu sorriso, só não deixe lhe tomarem seu momento. Nem as dores passadas, nem a ansiedade do futuro e nem você mesmo.

Viva cada instante. Não queime sua fé, entregue seu destino na mãos dos anjos, seus problemas nas mãos de Deus e seja o que Ele quiser.

Ore para que todos fiquem em paz. Ame seus queridos. Pertença àqueles que cativa, faça-se presente em todos os rituais de amor. Em casa, com os amigos, na calçada. Doe afeto. Permita-se fazer todo bem do mundo, para o mundo e para a pessoa mais importante da sua vida, você mesmo. Não tenha vergonha de todo amor que carrega dentro de si. Entregue-se sem medo no exato momento que seu coração pula no peito.

Viva agora antes que o dia acabe. Não importa para onde vamos. Neste agora, não tenha outros planos. No instante nunca é tarde para pertencê-lo. Deixe vestígios de felicidade por onde você passar, para quem quiser lhe achar. Hoje aqui, amanhã não se sabe, então, deixa ser o que for, enquanto há tempo, enquanto há forças.

Não tema o agora, viva o momento e seja o que Deus quiser…

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